Possuímos valores em cima dos quais parte a nossa razão. Um exemplo disso são nossas religiões, o cinema, a literatura e até o vulgar fofocar: todas essas manifestações estão impregnadas de nossos juízos dos quais partimos, para realizar nossas ações.
Tais manifestações culturais possuem uma finalidade. Em tempos tão racionais, não seriam estas, para nós, uma alternativa do que a mitologia foi para os gregos? Sinto que estamos longe do essencial, perdidos em um mundo com valores banalizados. Mesmo a religião já não possui a mesma força de antes.
Não se valoriza a honestidade, o herói, a coragem, a Beleza, valoriza-se o sucesso acima de qualquer coisa, não importando a circunstância, mesmo que desumana, desonesta ou degradante.
Tão afastados de nossas mais belas virtudes, que mais podemos esperar?
Acredito que a arte seja a única salvação para a humanidade.
Que forma melhor de expressar o Belo, exaltar valores, expressar ânsias e toda a subjetividade humana senão por ela? Mas, para tanto, precisamos romper com essa cultura descartável impregnada na nossa sociedade, e buscar algo mais: assim, a arte estará apta a exercer sua força envolvente e sedutora sobre nós.
Todos procuramos a felicidade, contudo não existe felicidade plena, todavia, uma vida virtuosa é um alicerce forte, para nos aproximar mais desse utópico ideal, e a arte, o veículo para escalar essa montanha - ainda que esta seja uma escalada ao fim.
Thursday, March 08, 2007
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1 comment:
Textos muito bons, André. Você escreve, cada vez, melhor. Ler e escrever bem é para poucos e faz toda a diferença. Abração.
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