
Não é à toa que este filme ganhou o oscar de melhor figurino, dado o delírio que são suas imagens do início ao fim. É como passar por lindas vitrines da história francesa, Versailles, as roupas, as comidas, o luxo.
No entanto, senti falta de diálogos, de uma trama envolvente, e o filme terminou causando-me uma estranha afeição: uma magia reluzente que me envolveu além de meus costumeiros critérios pelo inebriante sonho de Maria Antonieta. Sou um apreciador de diálogos e roteiros bem estruturados - o que explica, por exemplo, minha estima pela produção do Woody Allen.
Todavia, esta obra não deixou a desejar, apenas fugiu aos meus padrões.
Apesar de tratar dos altos padrões que vivia a corte francesa, o filme não foca em questões sociais, não mostra o povo francês, ou elabora alguma critica social. Há, sim, momentos de constrate entre tais gastos e conflitos políticos, porém não são o eixo central do enredo.

Vale a pena conferir a obra e embriagar-se nos encantos fúteis dos quais desfrutava aquela corte, um devaneio que quicá tenhamos sempre a consciência, não fora algo humano, dada a miséria na qual tal vislumbre alicerçava-se.
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